22 de setembro de 2012

Estação das Flores

Cântico à Natureza

Nelson Sargento, Jamelão e Alfredo Português
Orquídea







Orquídea
aquarela
med 4 x 6cm












Brilha no céu o astro rei com fulguração
abrasando a terra anunciando o verão
outono estação singela e pura
é a pujança da natura
dando frutos em profusão

Inverno, chuva, geada e garoa
molhando a terra preciosa e tão boa
desponta a primavera triunfal
são as estações do ano
num desfile magistral

A primavera matizada e viçosa
pontilhada de amores
engalanada, majestosa
desabrocham as flores
nos campos, nos jardins e nos quintais
a primavera é a estação dos vegetais

Oh! primavera adorada
inspiradora de amores
Oh! primavera idolatrada
sublime estação das flores

aquarela sobre passe-partout de papel artesanal
de cana-de-açúcar tingida

7 de setembro de 2012

Macacada

Irmãs
Lápis de Cor
med 420
x 297
1982


Cada Macaco no Seu Galho
de Caetano Veloso


Cada macaco no seu galho
Xô xuá
Eu não me canso de falar
Xô xuá
O meu galho é na Bahia
Xô xuá
O seu é em outro lugar
Xô xuá

Cada macaco no seu galho
Xô xuá
Eu não me canso de falar
Xô xuá
O meu galho é na Bahia
Xô xuá
O seu é em outro lugar


Não se aborreça moço da cabeça grande
Você vem não sei de onde
Fica aqui não vai pra lá
Esse negócio da mãe preta ser leiteira
Já encheu sua mamadeira
Vá mamar noutro lugar


Xô xuá
Cada macaco no seu galho
Xô xuá
Eu não me canso de falar
Xô xuá
O meu galho é na Bahia
Xô xuá
O seu é em outro lugar


Não se aborreça moço da cabeça grande
Você vem não sei de onde
Fica aqui não vai pra lá
Esse negócio da mãe preta ser leiteira
Já encheu sua mamadeira
Vá mamar noutro lugar


Xô xuá
Cada macaco no seu galho

Xô xuá
Eu não me canso de falar
Xô xuá
O meu galho é na Bahia
Xô xuá
O seu é em outro lugar

Xô xuá
Cada macaco no seu galho
Xô xuá
Eu não me canso de falar
Xô xuá
O meu galho é na Bahia
Xô xuá

29 de janeiro de 2012

Sabedoria da Flor

Flores
aquarela
med 10 x 5cm


Cântico da Flor
                         de Khalil Gibran

Sou uma palavra amável proferida e repetida
pela voz da natureza;
sou uma estrela caída
da tenda azul sobre o tapete verde.

Sou a filha dos elementos
com quem o inverno concebeu;
a quem a primavera deu à luz,
fui criada no colo do verão e
dormi na cama do outono.

Ao amanhecer, me unir a brisa
para anunciar a vinda da luz;
ao entardecer, me juntei os pássaros
no convite de despedida a luz.

As planícies são decoradas com
minhas lindas cores
e o ar é perfumado
com minha fragrância.

Como abraço a sonolência,
os olhos da noite cuidam de mim,
e como desperto,
encaro o sol,
que é o único olho do dia.

Bebo o orvalho como vinho,
e ouço as vozes dos pássaros,
e danço no chacoalhar ritmado da grama.

Sou o presente do amante,
sou a guirlanda do casamento,
sou a memória de um momento de felicidade,
sou o último presente dos vivos aos mortos,
sou uma parte alegria e uma parte tristeza.

Mas olho para o alto para ver somente a luz,
e nunca olho para baixo para ver minha sombra.
Esta é a sabedoria que o homem deve aprender.